Aprenda, explorando as possibilidades da realidade virtual em educação, fato que já revoluciona esse segmento em algumas escolas
A realidade virtual é uma tecnologia que permite criar e experimentar ambientes virtuais imersivos e interativos, por meio de dispositivos como óculos, capacetes, luvas, etc. Ela pode ser usada para diversos fins, como entretenimento, saúde, negócios, etc. Mas você sabia que ela também pode ser usada para educação? Neste artigo, estaremos explorando as possibilidades da realidade virtual em educação, podendo ser uma ferramenta poderosa e divertida para o ensino e a aprendizagem, apresentando alguns exemplos práticos e respondendo algumas dúvidas comuns sobre o tema. Vamos lá?
Como surgiu a realidade virtual?
A realidade virtual não é uma invenção recente. Ela tem suas origens em experiências artísticas e científicas que buscavam criar ilusões de realidade por meio de imagens, sons e movimentos. Um dos primeiros exemplos foi o Sensorama, um simulador criado pelo cineasta Morton Heilig em 1956, que combinava um filme em 3D com efeitos de vento, vibração, odor e som. Outro exemplo foi o The Sword of Damocles, um capacete criado pelo cientista da computação Ivan Sutherland em 1968, que projetava imagens estereoscópicas no campo de visão do usuário.
No entanto, foi somente na década de 1980 que o termo realidade virtual foi popularizado pelo escritor e pesquisador Jaron Lanier, que fundou a empresa VPL Research, pioneira no desenvolvimento de dispositivos de realidade virtual. Desde então, a tecnologia evoluiu muito, tornando-se mais acessível, sofisticada e diversificada.
Como funciona a realidade virtual?
A realidade virtual funciona por meio de três elementos principais:
- Computador: é o responsável por gerar os ambientes virtuais em tempo real, usando algoritmos gráficos e físicos para criar objetos, cenários, luzes, sombras, etc.
- Dispositivo: é o responsável por transmitir os ambientes virtuais para os sentidos do usuário, usando telas, lentes, alto-falantes, sensores, etc.
- Usuário: é o responsável por interagir com os ambientes virtuais, usando comandos de voz, gestos, botões, etc.
Para que a realidade virtual seja convincente e imersiva, é preciso que haja uma sincronia entre esses três elementos. Ou seja, o computador deve gerar os ambientes virtuais de forma rápida e precisa; o dispositivo deve transmitir os ambientes virtuais de forma confortável e ajustável; e o usuário deve interagir com os ambientes virtuais de forma natural e intuitiva.
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Quais são as vantagens da realidade virtual na educação?
A realidade virtual na educação pode trazer diversas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem. Algumas delas são:
- Motivação: a realidade virtual pode despertar o interesse e a curiosidade dos estudantes, tornando as aulas mais divertidas e envolventes.
- Atenção: a realidade virtual pode captar a atenção dos estudantes, reduzindo as distrações e aumentando a concentração.
- Memória: a realidade virtual pode estimular a memória dos estudantes, facilitando a retenção e a recuperação das informações.
- Compreensão: a realidade virtual pode favorecer a compreensão dos estudantes, possibilitando a visualização e a manipulação de conceitos abstratos ou complexos.
- Aplicação: a realidade virtual pode promover a aplicação dos estudantes, permitindo a simulação e a experimentação de situações reais ou fictícias.
- Colaboração: a realidade virtual pode incentivar a colaboração dos estudantes, propiciando o trabalho em equipe e o compartilhamento de experiências.
Quais são os exemplos de uso da realidade virtual na educação?
A realidade virtual na educação pode ser usada para diversos fins e disciplinas. Veja alguns exemplos:
- Games: os games podem ser usados na educação de várias formas, com muitas vantagens. Eles podem estimular o raciocínio lógico, a criatividade, a resolução de problemas, a tomada de decisões, etc. Eles também podem abordar temas transversais, como cidadania, ética, sustentabilidade, etc. A realidade virtual pode tornar os games mais imersivos e realistas, aumentando o engajamento e a aprendizagem dos estudantes, permitindo que conheçam a história e a cultura de civilizações antigas.
- Visitas a campo: uma das grandes vantagens que podem ser oferecidas pela realidade virtual são as visitas a campo. Elas podem ampliar o repertório cultural e geográfico dos estudantes, levando-os a lugares que seriam difíceis ou impossíveis de visitar presencialmente. Elas também podem enriquecer o conteúdo das disciplinas, relacionando-o com o contexto real. Alguns exemplos de visitas a campo em realidade virtual são: The Body VR, que permite viajar pelo corpo humano; Anne Frank House VR, que permite visitar a casa onde Anne Frank se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial; e Everest VR, que permite escalar o Monte Everest.
- Aprendizagem a distância: a educação a distância é muito beneficiada pelos avanços da tecnologia. Ela pode oferecer mais flexibilidade, acessibilidade e personalização para os estudantes, sem perder a qualidade do ensino. A realidade virtual pode melhorar ainda mais a educação a distância, criando ambientes virtuais que simulam as salas de aula presenciais e estimulam o entusiasmo dos jovens e crianças ainda que não estejam na escola. Alguns exemplos de plataformas de aprendizagem a distância em realidade virtual são: Engage, que permite criar e participar de sessões educativas interativas; Rumii, que permite criar e participar de salas de aula virtuais personalizadas; e ClassVR, que permite criar e participar de lições virtuais imersivas.
- Experiências científicas: as experiências científicas são fundamentais para o desenvolvimento do pensamento crítico, da curiosidade e da criatividade dos estudantes.
Quais são os desafios da realidade virtual na educação brasileira?
A introdução da realidade virtual na educação brasileira traz consigo promessas empolgantes de transformação do processo de aprendizagem. No entanto, essa implementação não está isenta de desafios que requerem atenção e uma abordagem cuidadosa. Alguns desses desafios são:
- Custo: a realidade virtual ainda é uma tecnologia cara e pouco acessível para a maioria das escolas e instituições do país. Os dispositivos de realidade virtual requerem um alto investimento inicial e uma manutenção constante. Além disso, eles dependem de uma infraestrutura adequada de energia elétrica e internet, que nem sempre está disponível ou é de qualidade.
- Capacitação: a realidade virtual exige uma capacitação específica dos professores e dos estudantes para que possam usá-la de forma eficiente e segura. Os professores precisam aprender a planejar e conduzir as atividades pedagógicas com a realidade virtual, integrando-a ao currículo e aos objetivos de aprendizagem. Os estudantes precisam aprender a manusear os dispositivos de realidade virtual, respeitando as normas e os limites de uso.
- Avaliação: a realidade virtual impõe novos desafios para a avaliação da aprendizagem dos estudantes. É preciso definir critérios e instrumentos adequados para medir o desempenho, o progresso e o engajamento dos estudantes com a realidade virtual. É preciso também considerar os aspectos éticos e legais envolvidos na coleta e no tratamento dos dados gerados pela realidade virtual.